Sua história tem um elo, ainda que fraco, com o meu cotidiano que é a de ter estudado na Mauá, na região do ABC.

Pois bem, faço FEI, também localizada na região, mas tenho muitos colegas que estudaram na sua faculdade. Fiquei estarrecido ao saber disso.

Este simples e corriqueiro fato me jogou, mais do que nenhum outro, no meio deste turbilhão de sensações e mágoas.

Você poderia ser mais uma pessoa zanzando aqui pela minha terrinha, visitando os lugares onde visito, contextualizada ao nosso trânsito e, veja só, nossa violência.

Você me deu a dimensão humana desta tragédia e encontrei neste local um espaço para manifestar o quão abalado fiquei.

Um fato sem mais importância, porém que me deixou assombrado. As estatísticas perderam seu valor e só consigo pensar nos seus familiares e marido, que devem ser pessoas tão parecidas as pessoas próximas a mim.

Você morreu e nem soube quem reclamava por sua vida. Alguns dizem que a tragédia foi vingada, outros dizem que é só o começo, mas tudo o que eu desejaria a você é que pudesse voltar ao ABC ou São Paulo e voltasse a ter a nossa vidinha brasileira.

Não sou um exemplo quanto a religiosidade, mas se há um proveito de algo após esta vida, espero que você continue no melhor lugar possível, que era onde você chegou enquanto estava por aqui.